A tireoide é uma das glândulas mais importantes do corpo humano, e conhecida por seu formato similar ao de uma borboleta. É responsável pela produção dos hormônios reguladores do organismo: T3 (triodotironina) e T4 (tiroxina). Tendo quaisquer distúrbios na tireoide, o ser humano pode ter a saúde comprometida, desencadeando problemas cardíacos, intestinais, no ciclo menstrual feminino, na capacidade de concentração, e no humor.
É quando a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para as necessidades do organismo, causando sintomas como cansaço, ganho de peso, prisão de ventre, desânimo, depressão, unhas e cabelos fracos, inchaço, entre outros. O problema acontece quando os níveis de T3 e T4 ficam baixos, e isso pode ocorrer por um período curto (agudo) ou longo (crônico).
As causas podem ter diferentes motivos. Em geral, é provocada por outras disfunções que atingem a região, como nódulos tóxicos, ingestão excessiva de iodo, altas dosagens de hormônio tireoidiano, bócio multinodular tóxico, além de inflamações na tiróide e a tireoidite pós-parto, situação que acomete de 5% a 10% das mulheres após o nascimento do bebê e dura, em média, de um a dois meses.
No hipertireoidismo, acontece o oposto do hipotireoidismo: a glândula produzindo hormônios em excesso. Entretanto, as causas são similares. Alguns dos fatores de risco são ter parentes com a condição, além de mulheres possuírem mais chances de desenvolver o problema.
No caso do hipertireoidismo, os sintomas vão desde a perda repentina de peso, à taquicardia, palpitações, tremor e suor excessivo nas mãos, intolerância ao calor, evacuações frequentes, fadiga, dificuldades para dormir e inquietação. O problema tem cura e raramente oferece risco de morte.
Os nódulos na tireoide são formados por uma massa de tecido ou um cisto cheio de líquido que se forma sob a glândula da tireoide. Apesar do surto, nódulos são comuns com o aumento da idade, mas normalmente são benignos e não representam riscos ou necessidade de tratamento.
A maioria dos nódulos na tireoide não apresentam sintomas aparentes, sendo diagnosticados através da presença de um caroço na região do pescoço. Entretanto, em alguns casos, o problema pode gerar sintomas como inchaço no pescoço, perda de peso repentina, temores, rouquidão ou perda da voz e dor na garganta.
Alguns sinais podem indicar que o nódulo pode ser maligno, como nódulos com alterações na borda, duros, com crescimento rápido, ou paralisia nas cordas vocais.
Um dos exames mais comuns é a dosagem de TSH, sendo o principal para o diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo. A dosagem é feita através do exame de sangue, que permite ao médico avaliar o funcionamento da glândula. Os valores de referência podem variar de acordo com a idade do indivíduo.
Na dosagem de anticorpos usa-se também o exame de sangue para racionar os anticorpos contra a tireoide, podendo produzir pelo organismo algumas doenças autoimunes, como a tireoidite ou outras doenças graves.
Os exames para detectar possíveis alterações na tireoide são indicados para indivíduos acima dos 35 anos, com sintomas ou históricos de alterações, ou pessoas que notaram algo de errado durante o autoexame ou exame médico.
Os tratamentos disponíveis incluem medicamentos antitireoidianos que diminuem a quantidade de hormônios produzidos pela tireóide, além do iodo radioativo e a cirurgia de remoção da tireoide, indicada em casos onde os medicamentos ou a terapia de iodo não são apropriados.
A melhor opção será identificada após a realização dos exames e uma avaliação médica. O procedimento escolhido irá depender da idade do paciente, o tipo de doença e seu grau.
Em caso de suspeitas de alterações na tireoide, não espere para buscar um diagnóstico precoce: dê início ao tratamento o mais rápido possível.