Um dos procedimentos feitos ainda na maternidade, logo depois do nascimento do bebê, é a triagem neonatal auditiva, popularmente conhecido como o teste da orelhinha.
O teste da orelhinha é um exame realizado, normalmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, e é capaz de detectar problemas auditivos no recém-nascido. Desde 2010 é estabelecido por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter passado pelo teste, que é feito de maneira gratuita. Já as crianças que nasceram fora do ambiente hospitalar devem fazer o teste antes de completarem 3 meses de vida.
O exame não dói e é realizado enquanto o bebê está dormindo. O fonoaudiólogo coloca no bebê um aparelho de Emissões Otoacústicas Evocadas, responsável por produzir estímulos sonoros leves e medir o retorno desses estímulos de estruturas do ouvido interno. Quando alguma alteração é identificada, o bebê é encaminhado a um especialista para a realização de exames complementares. Existem diferentes graus de deficiência auditiva, e são bem raras as condições que não possuem tratamento.
O bebê que tem um maior risco de ter o resultado do teste de orelhinha alterado é aquele que:
Nasceu prematuro, antes das 38 semanas de gestação;
Apresenta algum caso de surdez na família;
Ficou mais de 5 dias internado na UTI ou que ficou internado e precisa respirar com o auxílio de aparelhos, tomou antibióticos ou diuréticos;
Nasceu com menos de 1,5kg;
Apresenta alguma síndrome como Waardenburg, Alport, Pendred ou alteração como lábio leporino;
Quando a mãe teve alguma infecção durante a gestação como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis ou HIV;
Nos casos de mal formação envolvendo a orelha ou ossos da face;
Se o bebê teve alguma das doenças ao nascer: citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela ou meningite;
Se o bebê sofreu traumatismo craniano;
Se o bebê faz quimioterapia.
O teste precisa ser feito nas duas orelhas e pode ser repetido depois de 30 dias.
Pode acontecer de o teste dar alterado em somente uma orelha, quando o recém-nascido apresenta líquido (que pode ser líquido amniótico) no ouvido. Quando isso ocorre, o exame deverá ser repetido após 1 mês.
Já quando o médico consegue detectar alguma alteração nas duas orelhas, ele provavelmente indicará que os pais levem o bebê imediatamente ao otorrinolaringologista ou ao fonoaudiologista para confirmar o diagnóstico e dar início ao tratamento. Pode ser necessário também observar o desenvolvimento do bebê, com a tentativa de perceber se ele ouve bem. O pediatra pode repetir o teste da orelhinha aos 7 e 12 meses de idade, para avaliar como está a audição do bebê.
Recém-nascido
Se assusta com sons fortes.
De 0 a 3 meses
Se acalma com sons moderadamente fortes e músicas.
De 3 a 4 meses
Presta atenção nos sons e tenta imitar sons.
De 6 a 8 meses
Tenta descobrir de onde vem o som; fala coisas como “dada”.
12 meses
Começa a falar as primeiras palavras, como mamã e entende ordens claras, como “dar tchau”.
18 meses
Fala, pelo menos, 6 palavras.
2 anos
Fala frases usando 2 palavras como “qué água”.
3 anos
Fala frases com mais de 3 palavras e quer dar ordens.
O mais indicado para saber se o bebê não escuta bem é leva-lo ao médico para fazer alguns exames. Durante a consulta o médico pediatra deve realizar alguns testes que irão evidenciar se a criança tem alguma deficiência auditiva. Sendo confirmada alguma deficiência, o médico poderá iniciar o uso de um aparelho que poderá ser feito sob medida.
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